sábado, 15 de março de 2008

MEU CISNE! * por Graça da Praia das Flechas



Teu corpo é o caminho que percorro
Todos os dias para meu prazer
Sedução,carinho e amor
Tudo me dás para nunca te esquecer.
Amor de perdição tu és
Desta poeta maldita que vive aos teus pés
Como gata se esfregando em cio
Somente teu nome em minha boca balbucio.
Viestes como um cisne todo sujo de lama
Levei-o para dentro
Dei-lhe banho
Alimentei-o
Dormistes comigo em minha cama.
Descobri que és o amor de minha vida
Aquele enviado para curar minhas feridas.
Ao meu corpo tu contemplas
Dos meus sucos te sustentas
Acabastes com o resto de meus pudores
Ao fazer-me Tua
Tendo-me de todo jeito, Nua
Degustando minha carne Crua

DELÍRIO SUPER-SONICO * por marferart


Você labareda de Acrópole, que plaina plena pro pouso
Você cume do plano, cimo do que vê o pobre cego olho
Supersonicsoniabólidoaeronave, multiespacial-intergalática
Navegavelmente improvável, uva nascente da Grécia terráquea

Você que sabe que é tão voluptuosa e quer que eu saiba também
Você que é tão gostosa, sedosa, garbosa, que me deixa prosa à dizer amém
Você que é sensual, carnal, louca atemporal em menina virginal, mulher no plural
Você que teima em transformar o inocente e o puro em tosco animal visceral

Você doçura visual, que se oculta na distância tamanha que me entristece
Você no meu sangue, droga irreversível, me diz que é possível e sem que eu sinta me endoidece, enlouquece
Você mesma, aí tão assanhadinha com esse dedo na boca, em interminável tentação
Você que com essa maldita blusinha e essa doce calcinha só nos cobre de tesão

Eu que ao ver seus cabelos de fogo te imagino tão nua e te sigo ereto por esse arrebol
Eu que viajo nas noites em volta de ti e me queimo e transpiro como se em volta do sol
Eu que te sonho e me bronho de volta a idade insensata, a imaginar-te os antros e o tal dedo na boca
Eu que já fraco e cansado aqui nesse teclado te toco com sede nos lábios ocultos e molhados de louca

Eu que já nem sei o que posso, se posso, se deixas que eu veja e almeje lamber-te e chupar –te a cereja tão quente
Eu que não sei se deleto de vez, ou indiscreto talvez permaneça em você, galopando tão ardentemente
Eu só, nessa tela gelada, sorvete sem gosto, sem pelo, sem cheiro, sem carne, vagando o arremedo
Eu milagroso que sou, cubro esse vidro tão liso de um gozo infindo, vendo em tua boca algo mais que um dedo



Depois acordo suado, atrevido
Constato o delírio e me suicido.

O SONHO! * de Supersonic


Os lábios que não beijei
A pele que não toquei
Os olhos que frente á frente não olhei
O sonho que só sonhei,mas não realizei
As palavras que com carinho escutei
As angústias que com doçura acalmei
De tudo um pouco,em sonho experimentei
Sonho que um dia em minha juventude sonhei
Sonho que com certeza ainda concretizarei
O quanto te busquei,o quanto te visualizei
Quantos momentos em ti eu pensei
O tempo passou e eu de ti não me distanciei
Pelo contrário, dentro de mim te preservei
Ou ainda mais, te perpetuei...

BEIJOS DE BOA NOITE * por Marferart


Beijos macios
No lugar onde és mas tenra
Que sejam molhados
Mas soltem fagulhas
Das que latejam febris
Nas paredes da tua fenda
E te levem à delírios
De profunda loucura!
Pra tua boca escondida,
Que tão bem sabe o que diz
Beijos que te levem ao deleite
E que te sejam sutis

Beijos à você, amor de mim,
Nessa noite sem fim!

CENAS DE AMOR * da série Picantes de Supersonic

Cenas de Amor * da série picantes de Supersonic

Autor desconhecido


Tenho fome do teu corpo, tenho sede do teu beijo, suavidade no toque, na pele
febril desejo...
Volúpias anunciadas, ereções incontroláveis, no roçar de nossos corpos gozos
intermináveis...
Nossas mãos a se buscarem, tua boca em minha boca, na excitação da entrega
deságua a vontade louca...
Na nudez premeditada, erotismo a se instalar, e um cheiro inebriante vem
impregnar o ar...
Gemidos ensandecidos aumentam a satisfação, feito loucos alucinados a extravasar
emoção...
Na cama preparada, o saciar de desejos, salivas que se misturam no degustar de
ardentes beijos...
Respiração ofegante, coração descompassado, dois amantes se entregam num furor
descontrolado...

TEU FRUTO, QUEM DERA..? * por Marferart


Teu fruto, quem dera...

Quem dera eu poder cobrir tua alma todo dia
Cobrir com meu lençol de fogo e poesia
E te acordar por todas as manhãs de abril
Com cantos, súplicas e silvos do pássaro mais sutil

Quem dera eu poder ser único nas águas do mundo
O barco certo que navega manso qual vagabundo
Prá te colher dolente como náufraga entregue e pura
E te tratar prá sempre com a cura da mais doce fúria

Quem dera eu rasgar-te assim o fruto espúrio virgem
Com tal enlevo lamber fragrâncias do impuro hímen
E ao sorver teu leite casto roçar-te a barba, em mórbida vertigem
Soprar-te os pêlos. Cobrir c’ua fronha tua vergonha que os olhos fingem

Depois erguer à janela o lençol branco dando ao povo, fé
Que o fruto que comi é fruto dos maduros, fruto de mulher
Não apedrejem pois, a miserável ré...
Que dorme vaidosa, pois vaidosa é.

ELEGIA * por L. T.

Elegia

Faço-me mil e te dou minhas mil vidas,
Mas quanto mais me dou a ti,
Mais parece que não sou tua
Mais parece que se perdia
O que eu nunca possuí.
Sinto-me como uma jóia
Por um cofre ocultada,
Sinto-me como uma estrela distante
Que não brilha como antes
E que se encontra apagada.
Mas acabo por entender o motivo
Da força maior que me faz chorar,
E passo a aceitar
Que tenho que me ocultar,
Que ainda não posso brilhar.

Simplesmente Supersonic

Escultura


O meu coração te desejou
A minha mente leu o recado.
Passei então a te desenhar
Não dá forma que tu eras
Da que o meu coração tinha sonhado.

Te esculpi inteiro
Não o físico, este eu já conhecia.
Delineei o teu amor
E o dediquei só para mim.
Refiz os teus desejos, iguais aos meus.
Enfim...

Te recriei da minha maneira
Dentro do molde que em mim cabia.
Só não esperava jamais que, ao te encontrar finalmente,
Não eras tu quem eu conhecia.

Percebi então, num instante,
Que a minha mente havia me enganado.
Foi o fruto da minha imaginação, e não a ti,
Que eu tinha amado.

Léia Batista

AMOR * presente para Sonia

Amor

Seria sorte encontrar alguém com tanta beleza
e com um sorriso de tanta luz?
Ou será que a sorte que me conduz
Só quis dar aos céus esses tons azuis?
E para tal precisa dessa tez de alteza, cor da natureza

Seria olfato o que me traduz o perfume leve que plana suspenso
Ou seria fato que esse vale em flores é de jardim tão denso?
Um mar de odores que nos sopra a brisa de teor imenso
Sendo apenas tudo não mais que relatos trazidos por ventos
e as flores de amores e perfumes de orvalho coisas que invento ?
Ou vem daquela moça, de frescor tão bento esse meu tormento.

Perfídia, porque me invades em insônias
Cheiro de hortelã, o teu nome é Sonia...

DELÍRIO SUPERSONICO * de Marantbarfer

Você labareda de Acrópole, que plaina plena pro pouso
Você cume do plano, cimo do que vê o pobre cego olho
Supersonicsoniabólidoaeronave, multiespacial-intergalática
Navegavelmente improvável, uva nascente da Grécia terráquea

Você que sabe que é tão voluptuosa e quer que eu saiba também
Você que é tão gostosa, sedosa, garbosa, que me deixa prosa à dizer amém
Você que é sensual, carnal, louca atemporal em menina virginal, mulher no plural
Você que teima em transformar o inocente e o puro em tosco animal visceral

Você doçura visual, que se oculta na distância tamanha que me entristece
Você no meu sangue, droga irreversível, me diz que é possível e sem que eu sinta me endoidece, enlouquece
Você mesma, aí tão assanhadinha com esse dedo na boca, em interminável tentação
Você que com essa maldita blusinha e essa doce calcinha só nos cobre de tesão

Eu que ao ver seus cabelos de fogo te imagino tão nua e te sigo ereto por esse arrebol
Eu que viajo nas noites em volta de ti e me queimo e transpiro como se em volta do sol
Eu que te sonho e me bronho de volta a idade insensata, a imaginar-te os antros e o tal dedo na boca
Eu que já fraco e cansado aqui nesse teclado te toco com sede nos lábios ocultos e molhados de louca

Eu que já nem sei o que posso, se posso, se deixas que eu veja e almeje lamber-te e chupar –te a cereja tão quente
Eu que não sei se deleto de vez, ou indiscreto talvez permaneça em você, galopando tão ardentemente
Eu só, nessa tela gelada, sorvete sem gosto, sem pelo, sem cheiro, sem carne, vagando o arremedo
Eu milagroso que sou, cubro esse vidro tão liso de um gozo infindo, vendo em tua boca algo mais que um dedo

Depois acordo suado, atrevido
Constato o delírio e me suicido.