"Sinto saudades do dia que
nunca nos encontramos.
Sim, daquele em que não
nos vimos pela primeira vez.
Desse em que nunca te tive.
Daquele em que não falaste
o que eu queria ouvir...
Da nossa primeira noite
que jamais houve, qdo deixamos
de conhecer-nos biblicamente até o desmaio.
Tenho sede da noite em que nem começamos a beber-nos.
Sinto fome dos momentos em que não estávamos um no outro, devorando-nos gota a gota.
Poderia desenhar, nos mínimos detalhes, tudo que não aconteceu.
O amor que não explodiu;
o desejo que não cristalizou;
todo esse nada que não vivemos tão intensamente separados...
É uma saudade tão grande...
Uma saudade como se nunca tivesse acontecido;
como este afago que não te mando e que, ainda assim, nunca receberás."
por Bruno Campel
terça-feira, 25 de março de 2008
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Sobre o lençol...
Te quero quente e safado,
viril e levado...
a me pegar num impulso
me prender pelos pulsos
me colocar na cama
me virar de bruços
me amar feito dama
me deixar risonha
bem sem vergonha
mordendo a fronha
pra conter os gemidos
frenéticos e sentidos
ficando nua e exposta
entregue a ti de costas
como sei que gostas
disposta a oferecer-te
algo secreto e precioso
pra brincares gostoso
no recanto escondido
no vale a ser preenchido
penetrando-me com vontade
com carinho e suavidade
sem maldade e sem juízo
levando-te ao paraíso
fazendo mil investidas
generosas e pervertidas
com tesão e prazer
como só tu sabes fazer!
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